23 janeiro, 2011

A propósito da volta da revista SOMBRAS ELÉTRICAS (de novo).
A revista vai voltar com as duas seções de artigos de sempre: Long-Shot e Ver com olhos livres.
Ver com olhos livres é uma seção livre: qualquer texto sobre cinema é bem vindo. Isto é, qualquer texto que seja enviado assim:

- Arquivo Word, Bloco de notas do Windows ou OpenOffice
- Mínimo de 1 (uma) lauda, máximo de 6 (seis) laudas.
- Fonte Arial ou Verdana, corpo 11

Já o Long-Shot é uma seção de artigos em torno de um tema único, também sobre cinema. E neste caso, preciso da ajuda de vocês. Mais especificamente: sugerir um tema único para o Long-Shot. A partir daí, mandem textos, no mesmo jeito dos textos para a seção Ver com olhos livres (
Arquivo Word, Bloco de notas do Windows ou OpenOffice, mínimo de 1 (uma) lauda, máximo de 6 (seis) laudas, fonte Arial ou Verdana, corpo 11)

A revista deve voltar daqui a dois meses. Só depende da colaboração de vocês. Estaremos esperando.

Como vocês podem ver, estou retomando o blog da revista SOMBRAS ELÉTRICAS (que, brevemente, vai voltar logo) Duas razões me levam a isso. Primeira razão: avisar que a revista está viva, que aceitará colaborações e que vai voltar. Segunda razão: garantir o nosso direito à liberdade de expressão, que pelo visto, não é muito levada à sério na ABD Nacional.

Explico melhor. O post anterior, originalmente, foi um e-mail enviado para a lista de discussão da ABD Nacional, a ABDISTAS, e foi barrado pelo moderador. E eu já estou com o saco cheio desta CENSURA disfarçada que ocorre na lista ABDISTAS, da qual faço parte há uns bons dez anos. Dá para entender (não para aceitar, que censura é coisa de ditadura) que o moderador-censor venha a barrar mensagens minhas criticando a diretoria da ABD Nacional e a sua política em defesa dos realizadores de curtas e documentários - isto é, nenhuma; praticamente macunaímica
("ai, que preguiça!..."). Mas estou apenas comentando algo que Cacá Diegues disse.

Será que
Cacá Diegues e a ABD Nacional preguiçosa estão fazendo algum acordo por baixo dos panos, e ninguém sabia?
Sobre a tal de Secretaria da Economia Criativa, recém-criada pelo Ministério da Cultura, um breve comentário, antes que eu me esqueça.

O caderno "Prosa & Verso" d'O Globo, de 8 de janeiro último, fez uma matéria especial sobre a nomeação de Ana de Hollanda para ministra da Cultura, em que dez pessoas escreveram textos dando sugestões de política cultural.

Um deles é o nosso Cacá Diegues. Diz ele (os grifos são meus):

"As indústrias criativas hoje são um fator importante para os PIBs nacionais (...). Esse setor industrial deveria ser do âmbito de um órgão distinto do que cuida de políticas voltadas para o folclore, os costumes regionais, até mesmo para a preservação da memória. não faz sentido um filme de longametragem disputar verba com o maracatu rural de Pernambuco. é como botar num mesmo orçamento uma hidrelétrica e uma olaria. Ambos são importantes, mas tem que ser tratados em órgãos distintos, assim como existem ministérios do Agronegócio e da Agricultura."

Perguntas:

1- Cinema não era uma indústria criativa?

2- já não existe a Ancine, para cuidar do tal de cinema industrial?

3- Desde quando existe um ministério do Agronegócio no governo federal?

4- (Essa pergunta vale uma cerveja) Quem você acha que está se comparando a uma hidrelétrica?